Apresentação

domingo, 17 de julho de 2011

Inicio da Fraude do Espiritismo moderno: Irmãs FOX

"De fato, o espiritismo começou
 com um nada.
Éramos apenas criancinhas
 inocentes.
Que nós sabíamos?"

O texto que se segue é adaptado do livro do falecido Dom Boaventura Kloppenburg: "O Espiritismo no Brasil", Ed. Vozes, Petrópolis, 1960. Nele consta que  o "Espiritismo moderno, como dizem os próprios espíritas, começa em Hydesville (Nova York, U.S.A) em 1848. Foi assim:

Certa noite, o pastor protestante John Fox, sua esposa e as duas filhas menores Margareth e Kate estavam a conversar sobre estranhos fenômenos de "assombração". Kate então produziu estalos com os dedos e notaram todos que alguém os repetia. Por sua vez, Maragareth produziu estalos e encontrou o eco".

Entenderam? Uma das meninas estalava os dedos e a outra brincando repetia o chamado.
Apavorada a senhora Fox perguntou: "É homem ou mulher que está batendo?, mas não obteve resposta. Insistiu então: "É espírito? Se é espírito, bata duas vezes". Produziram-se duas breves pancadas (feitas pelas meninas). Concluiu ela assim que um espírito "desencarnado" estava em comunicação: que os interessados se colocassem em torno da mesa, em cima da qual poriam as mãos; as interrogações que fizessem aos espíritos, a mesa responderia com golpes e movimentos indicadores de letras do alfabeto e de palavras. As tais mesas girantes, de que Kardec vai fazer uso mais tarde, para produzir seus nefandos escritos!

Ora, as duas meninas Fox tinham uma irmã, chamada Leah, 23 anos mais velha que viu nas brincadeiras das duas meninas algo a ser explorado, para viajar e ganhar dinheiro. Passou então a explorá-las como meninas de espetáculo, indo para diversas partes do mundo a realizar os mesmos truques das duas, que foram sendo aos poucos aperfeiçoados como efeitos de mágica, sons e luzes, que levaram imensas levas de pessoas a de fato imaginarem que eram espíritos do outro mundo que entravam em contato com elas.

 No princípio as duas jovens faziam tudo por pura diversão, sem se darem conta do mal que praticavam, enganando as platéias.Em pouco tempo as práticas se espalharam pelos Estados Unidos, pelo Canadá e pelo México. O demônio agiu com extrema rapidez e a prática se expandiu! Atravessaram o Atlântico, chegando à Escócia e à Inglaterra: passaram para a Alemanha e outros países europeus, encontrando em 1854 na França o seu grande doutrinador: León Hippolyte-Denizart-Rivail que tomou o nome de Allan Kardec, pois julgava ele ser a reencarnação de um poeta celta do mesmo nome. Ou seja: dos truques das meninas ele se aproveitou para realmente consultar os demônios e produzir seus escritos.

Toda esta farsa durou muitos anos, até que Margareth e Kate se converteram, se arrependeram profundamente, e mesmo sob a pressão de mil infernos passaram a divulgar ao mundo a imensa mentira de tudo aquilo que elas haviam feito nestes anos. Assim, em 24/09/1888 Margareth Fox dá este depoimento ao "The New York Herald", denunciando a fraude.:

"Quando o espiritismo começou, Kate e eu éramos criancinhas e essa velha mulher, minha outra irmã Leah fez de nós seus intrumentos. Nossa mãe era uma tola. Era uma fanática. Assim a chamo porque era honesta. Acreditava nessas coisas. De fato, o espiritismo começou com um nada. Éramos apenas criancinhas inocentes. Que nós sabíamos?Nossa irmã serviu-se de nós em suas exibições; ganhávamos dinheiro para ela. Agora se vira contra nós porque é esposa de um homem rico e, sempre que ela o pode, opõe-se a nós".

"Eu fui empurrada para o espiritismo. Dei exibições com minha queridíssima irmã Kate. Sabia, é claro, que todos os efeitos por nós produzidos eram absolutamente fraudulentos. Ora, tenho explorado o desconhecido na medida em que uma criatura humana o pode? Tenho ido aos mortos procurando receber deles um pequeno sinal? Nada vem daí- nada, nada!Tenho estado junto às sepulturas, na calada da noite , com licença dos encarregados? Tenho-me assentado sozinha sobre os túmulos, para que os espíritos daqueles que repousavam debaixo da pedra pudessem vir ter comigo? Tenho procurado obter algum sinal? Nada! Não, não, não, os mortos não hão de voltar, nem aqueles que caem no inferno. Assim o diz a Bíblia católica, e eu o digo também. Os espíritos não voltam. Deus nunca o ordenou."

Por sua vez Kate Fox deixou o seguinte testemunho, publicado no "The New York Herald", de 10/10/1988: "O espiritismo é uma fraude do princípio ao fim. É a maior impostura do século. Não sei se ela já lhe disse isso, mas Margareth e eu começamos quando éramos crianças muito pequeninas, pequenas e inocentes demais para compreendermos o que fazíamos. Nossa irmã Leah contava vinte e três anos mais que nós, e por elas fomos iniciadas no caminho do engano e encorajadas a isso, continuamos, é claro. Outros, com bastante idade para se envergonharem de tal infâmia, apresentaram-nos ao mundo. Minha irmã Leah publicou um livro intitulado "O Elo que faltava ao espiritismo". Pretende ela contar a verdadeira história do movimento, tanto quanto se originou conosco. Ora, só há no livro falsidade do início ao fim... é uma cadeia de mentiras".

"E, quanto às manifestações de Hydesville em 1848 e aos ossos encontrados na adega, e o mais? Tudo fraude, sem exceção"!Contudo, Margareth e eu somos as fundadoras do espiritismo!", concluiu a senhora Jencken.

"Debaixo do nome dessa terrível, horrorosa hipocrisia - o espiritismo - tudo que há de impróprio, mau e imoral é praticado. Vão tão longe a ponto de terem o que chamam 'filhos espirituais'! Pretendem ser algo como a imaculada Conceição! Coisa alguma poderia ser mais blafematória, mais nojenta, mais altamente fraudulenta!

Em Londres fui disfarçada a uma sessão privada em casa de um homem rico. Vi a chamada 'materialização'. O efeito foi obtido por meio de papel luminoso cujo brilho se refletia sobre o refletor. A figura assim exibia era a de uma mulher - virtualmente um nu; envolvi-a a uma gaze transparente. O rosto apenas se achava oculto. Era essa uma das sessões a que são admitidos alguns amigos privilegiados, não 'crentes', de espíritas crentes. Há porém outras sessões a que são admitidos os mais provados e fiéis; aí ocorreram as coisas mais vergonhosas, que rivalizam com as saturnálias secretas dos antigos romanos. Não posso descrever-lhe essas coisas, porque não ousaria".

Em 22/10/1888 o jornal "The World" publicou o seguinte: "No dia 21 de outubro de 1888, a Sra. Margareth Fox Kane, realizou pela primeira vez seu intento de, com os próprios lábios, denunciar publicamente o espiritismo e seu séquito de truques. Apresentou-se à Academia de Música em Nova York perante numerosa e distinta assembléia e, sem reservas, demonstrou a falsidade de tudo quanto no passado fizeram sob o disfarce da 'mediunidade' espírita". Foi dura provação. A grande tensão nervosa de que padecia tomou-lhe a mente altamente excitada, enquanto um grande número de espíritas presentes na casa tentava criar uma perturbação, ou uma diversão não leal, que teria por fim romper a força de renúncia da senhora Fox. Falharam, porém, completamente graças ao caráter superior que possuía a maioria de seus ouvintes.

O efeito moral dessa exibição não poderia ter sido maior. A senhora Kane manteve-se de pé sobre o palco; tremendo e possuída de intensos sentimentos, fez a seguinte e extremamente solene abjuração do espiritismo, enquanto a Senhora Kate Fox Jenchen assistia de um camarote vizinho, dando, por sua presença, inteiro assentimento a tudo que a irmã dizia: "Deveis, sem dúvida, saber que tenho sido o principal instrumento, em perpetrar a fraude do espiritismo a um público demasiadamente crédulo. O maior sofrimento de minha vida é que essa é a verdade. Embora tenha, essa hora, chegado tarde, estou agora preparada para dizer a verdade, toda a verdade e nada senão a verdade - a isso que Deus me ajude!"

Texto retirado de "A Grande Barreira" - Ivan Fassheber e Arnaldo Haas. Blumenau, SC: Odorizzi, 2011

*Para saber mais sobre a fraude e as Irmãs Fox

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