Apresentação

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Sofrimento, santidade e a Cruz de cada um

O Rosário com João Paulo II. Conferência Episcopal Portuguesa,
Fátima - Portugal, p 36-41

Somente a fé nos pode dar a coragem e a força. Aceite na fé. Todo o sofrimento humano pode tornar-se em participação pessoal na oferta salvifica de Cristo que sofreu pelos pecados dos homens, O próprio Cristo continua assim a sua paixão no  homem que sofre (Suiça, 16/06/1984)

O sofrimento é o caminho obrigatório para salvação e santificação.  Para sermos santos, podemos abdicar ou daquele carisma, desta  ou daquela aptidão especial: mas não se pode dispensar o sofrimento. Sofrer é um ingrediente necessário à santidade. Como o amor. De facto, o amor que Cristo nos ensina e que Ele viveu primeiro, dando-nos exemplo, é um amor... que expia e salva através do sofrimento.

O amor dá sentido e torna aceitavel o sofrimento. Pode haver amor sem sofrimento. Mas o sofrimento sem amor não tem sentido. Com o amor, aceite como Cristo o aceitou, o sofrimento adquire um valor inestimável. (Luxemburgo, 15/05/1985).
Vós que viveis sob a proteção, que vos defrontais com o  problema da limitação, do sofrimento e da solidão interior diante dele.Não deixeis de dar um sentido a essa situação. Na cruz de Cristo, na união redentora com Ele, no aparente fracasso do Homem justo que sofre e com o seu sacrificio salva a humanidade, no valor de eternidade desse sofrimento  está a resposta.


Na escola do Verbo encarnado, compreendemos que é sabedoria divina aceitar com amor a cruz: a cruz da humildade da razão diante do Mistério: a cruz da vontade  na prática fiel de toda a lei moral, natural e revelada: a cruz do proprio dever, as vezes pesado e pouco gratificante: a cruz da paciencia na doença e nas dificuldades de todos os dias: a cruz do empenho constante, para responder à própria vocação; a cruz da luta contra as  paixões e as insídias do mal.
(Roma, 15/09/1991)
"Os cristãos que vivem em situação de doença, dor e velhice  não são convidados por Deus apenas a unir a sua dor á Paixão de Cristo, mas também a receber desde já em si mesmos e a transmitir aos outros a força da renovação e a alegria de Cristo ressuscitado. " (Christifideles Laici, 53)
À medida que o homem toma a sua cruz, unindo-se  espiritualmente à Cruz de Cristo, vai-se-lhe manifestando  mais o sentido salvífico do sofrimento. (Salvifici doloris, 26)


Para aqueles que têm fé, a Cruz já não é um instrumento de medo e de morte, mas um símbolo de vida e de paz. Somos chamados a levar a Cruz todos os dias, porque "Deus nos ensinará os seus caminhos, e andaremos pelas suas veredas", segundo a visão do Profetas Miqueias (Miq 4,2). Ao mesmo tempo, reconhecemos que os planos de Deus não  são os nossos planos, os seus caminhos não são os nossos  caminhos (cf. Is 55,8). A cruz recorda-nos a necessidade da nossa conversão, a necessidade de sairmos do pecado e de cremos no Evangelho. (Botswana, 13/09/1988)

A cruz é o caminho, o  caminho da vida quotidiana. Cruz é  palavra salvífica, pela qual o Filho de Deus manifesta a cada homem a verdade total sobre si mesmo e sobre a própria vocação. Manifesta esta verdade a todo o homem e a toda  a mulher, e de modo particular àqueles que vivem no sofrimento. (Roma, 05/04/1993).

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